Por que empresas quebram logo no início?

Com tantas possibilidades oferecidas pela tecnologia, muitas ideias de negócio também podem se tornar realidade. Mas mais importante do que elaborar uma ideia e colocá-la “na pista”, é manter o negócio lucrativo e principalmente, funcionando.


A mortalidade das startups e empreendimentos em geral é algo expressivo e difícil de ignorar – e por isso deve ocupar um lugar importante nas considerações de todo empreendedor. Por exemplo, um estudo realizado pela aceleradora Startup Farm sugere que 74% das startups brasileiras fecham após cinco anos de existência e 18% delas antes mesmo de completar dois anos.

Outro estudo conduzido pelo SEBRAE mostra que 7% dos empreendimentos criados no Brasil são forçados a encerrar operações por conta de falta de lucro, enquanto 20% fecham por falta de capital. Além disso, quase 50% dos pequenos empresários brasileiros não sabem definir se têm lucro ou prejuízo.

Isso mostra que há um elemento importante faltando nessa equação. Muitos empreendedores têm ideias brilhantes e é por conta disso que nós, consumidores, nos beneficiamos com tantas opções de produtos e serviços. Mas ao mesmo tempo, estes empreendedores super inovadores não dão a devida atenção à gestão de seus negócios e as estatísticas que cito acima atestam este fato.

Tal qual uma receita de bolo, a receita de sucesso de um empreendimento tem alguns ingredientes básicos e essenciais. Eu diria que o plano de negócios, assim como o fermento do bolo, é imprescindível para o crescimento.

Durante a elaboração de um plano de negócios, um empreendedor tipicamente faz muitas pesquisas e estudos sobre o mercado em que pretende atuar – ou, pelo menos deveria! – e esta investigação faz com que o fundador se depare com algumas informações cruciais para a condução adequada do seu empreendimento.

Por exemplo, na elaboração do planos de negócios, é comum considerar e estudar (além de traçar diferenciais) relativos ao público alvo do seu produto ou serviço, bem como o poder aquisitivo e o preço que pretende cobrar pela sua oferta, a logística necessária para atender e entregar seus clientes e o custo associado a isso. Outras descobertas incluem a definição de onde esse produto ou serviço deve ser oferecido e se o mesmo condiz com a época do ano em que se pretende começar o negócio.

Para concluir, o plano de negócios é essencial não só para que você defina quais são as características da sua oferta e como ela deve ser oferecida e promovida – e principalmente, vendida – mas também para que você defina os pormenores do plano de ação necessário para administrar seu negócio com confiança. Dessa forma, é possível evitar que você se torne mais um número nas estatísticas de empreendedores que pecam por falta de um planejamento adequado.