A criação de microempreendimentos individuais (MEIs) está acelerada nos últimos anos. Isso se dá pelo fato de que as pessoas estão investindo em levar suas ideias a cabo como fonte de renda alternativa, frente ao ritmo mais lento da economia – tanto na reversão do índice de desemprego, quanto na retomada da criação de vagas formais no mercado de trabalho.
Os números estão aí para provar: em abril de 2018, o Brasil registrou o nascimento de 222.392 empresas, o maior total observado pelo Indicador Serasa Experian de Nascimentos de Empresas desde 2010, quando o levantamento teve início.
Com uma participação de 79,8%, os microempreendedores individuais seguem na liderança, com 177.391 novos negócios abertos – o que representa um aumento de 37,4% comparado ao nascimento de 129.110 empresas desse segmento em abril de 2017.
No geral, de acordo com a Serasa Experian, o nascimento de novas empresas é 34,8% maior, em relação ao quarto mês do ano passado, quando surgiram 164.976 novos empreendimentos no país. No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, os MEIs já respondem por 694.005 das 839.052 empresas que começaram a operar formalmente em todo o país em 2018.
Estes são números formais, ou seja, empresas que foram abertas como MEI. Mas sabemos que muitos empreendedores – seja por conta de uma impressão de que terão altos custos, ou por incerteza acerca do sucesso do negócio em questão – preferem não formalizar seus negócios. Sabemos que existem muitos negócios operando na informalidade, razão pela qual prefeituras já estão em busca destes profissionais que deixam de pagar impostos, um exemplo é a Operação Autônomos da Receita Federal, da qual falei anteriormente.
Num momento de instabilidade econômica, é comum buscar alternativas para geração de renda, mas é importante tomar providências para que o barato (ou seja, economizar na criação de uma empresa propriamente dita) saia caro. A formalização é importante para o empreendedor por diversos motivos, que explico em detalhes no meu post Quando um empreendedor deve formalizar seu negócio.
Você conhece alguém que esteja pensando em criar um novo negócio para navegar a crise? Como essas pessoas estão lidando com a parte formal da criação destes empreendimentos? Conte para nós aqui nos comentários ou envie sua pergunta – ficarei feliz em ajudar!